O que é quaresma?

O tempo litúrgico da quaresma recorda, entre outros, os quarenta anos em que o povo judeu andou errante a caminho da Terra Prometida e o período de quarenta dias em que Jesus rezou e jejuou. Essa é uma ocasião oportuna para bem nos prepararmos para a maior festa cristã, a festa da Páscoa, que celebra a passagem de Jesus da morte para a ressurreição, o principal mistério de nossa fé.

A quaresma apresenta-nos quatro palavras de ordem: oração, jejum, esmola e penitência. Nesse tempo somos chamados a rezar mais e melhor. Precisamos intensificar nossos momentos de intimidade com Deus, rezando ao amanhecer, durante o dia e antes de adormecermos, além de participarmos mais vezes das missas e de outras orações comunitárias, como a Via-Sacra e a recitação do terço de Nossa Senhora.

O jejum é bom até para nossa saúde física. Mas o fato de ficarmos somente com uma alimentação simples, sem qualquer exagero, nos ajuda a entrar na ótica de Deus. O jejum mais difícil e o mais agradável a Deus é o jejum da língua, ficando sem falar mal dos outros e sem ofender por palavras pessoas que caminham ao nosso lado, na família, na escola, no trabalho ou na comunidade.

A quaresma nos impulsiona a ser solidários com os mais necessitados. A esmola leva-nos a sair de nós mesmos e do nosso egoísmo e a repartir o que somos e o que temos com os menos favorecidos, ajudando os pobres e as entidades sociais que amenizam o sofrimento de crianças, doentes, drogados e idosos, entre outros. A esmola não pode nos levar a atitudes paternalistas, mas a colaborar para que as pessoas encontrem outras saídas para a própria situação.

A penitência quaresmal nos ajuda a descobrir defeitos e pecados e a fazer ações concretas que nos levem a mortificar nossos corpos para nos purificar diante de Deus, reconhecendo fraquezas e omissões. Todos precisamos de mudança de vida, de conversão, abandonando o pecado e o erro, e trilhando o caminho da santidade, que nos aproxima cada vez mais de Jesus Cristo, aquele que por amor entregou a própria vida pela nossa salvação.

Gostariamos de te lembrar dos 15 simples atos de caridade que o Papa Francisco nos propôs em 2016 como manifestações concretas de amor:
1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
2. Agradecer (embora não "precise" fazê-lo).
3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
4. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias.
5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
7. Animar a alguém.
8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.
9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
10. Ajudar a alguém para que êle possa descansar.
11. Corrigir com amor; não calar por medo.
12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
13. Limpar o que sujou, em casa.
14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
15. Telefonar para seus pais.

Ele também nos disse que o melhor jejum é:
- Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
- Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
- Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
- Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
-Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
- Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
- Jejum de tensões e encher-se com orações.
- Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
- Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
- Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
- Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/padreantoniolima/os-15-simples-atos-de-caridade-do-papa/

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MÊS DA BÍBLIA: Para entender o livro de Miquéias

O profeta Miqueias atuou entre 725 e 701 a.C., no reino do Sul, sobretudo no reinado de Ezequias. Ele era natural de Morasti, uma aldeia no interior de Judá, perto da cidade de Gat, cerca de 33 km de Jerusalém. Ele viveu em meio a uma realidade de conflitos e de sofrimento, especialmente da população camponesa, vítima dos grandes proprietários de terra e do exército.

Nesse contexto, o profeta, de maneira corajosa, denunciou as autoridades civis e religiosas que oprimiam os pobres, especialmente a população camponesa. Eis o seu grito contra os governantes de Jerusalém, a capital de Judá, o reino do Sul: “Vocês são gente que devora a carne do meu povo e arranca suas peles; quebra seus ossos e os faz em pedaços, como um cozido no caldeirão” (Mq 3,3).

A sua aldeia, Morasti-Gat, era marcada pela presença constante de militares e funcionários da corte de Jerusalém, que cometiam crimes de abuso de poder para cobrar impostos, recrutar camponeses e extrair seus produtos agrícolas. Guerras, violência, expropriação de terra e muito sofrimento é a realidade cotidiana da população camponesa, grupo que Miqueias chama de “meu povo”.

No tempo de Miqueias houve muitas guerras. Com Teglat-Falasar III (745-727 a.C.), a Assíria tornou-se um grande império, invadiu países e impôs pesados tributos sobre eles. Israel, desde 738 a.C., e também Judá, desde 732 a.C., passaram a pagar tributos para os assírios. Em 722 a.C., a Assíria invadiu Israel e destruiu Samaria. Milhares de israelitas buscaram refúgio em Jerusalém e em Judá. Jerusalém, nessa época, aumentou de mil para 15 mil habitantes.

Com aumento da população, houve maior produção, estimulando a ganância dos poderosos. Nesse período, o rei Ezequias centralizou o culto em Jerusalém, destruiu os santuários do interior e enfraqueceu a organização e a autonomia dos camponeses\as. O rei fortificou as muralhas de Jerusalém, e das cidades da fronteira, invadiu a filisteia e entrou em guerra contra a Assíria. Em 701 a.C., Senaquerib, rei da Assíria, invadiu Judá, destruiu 46 cidades fortificadas, cercou Jerusalém e exigiu a rendição de Judá (Mq 1,8-16, 2Rs 18,13-16). Mais mortes, mais tributos e mais trabalhos forçados para o povo!

Miqueias pode ter sido um agricultor, um ancião, representante de um lugarejo. Ele atuou como porta-voz das pessoas oprimidas contra o grupo dirigente: chefes, governantes, sacerdotes e profetas de Jerusalém (Mq 3,11). Ao contrário dos profetas da corte, ele não se deixou corromper pela ganância e pelo lucro, mas se autoafirmava como homem "repleto de força, do espírito de Javé, do direito e da fortaleza para denunciar a Jacó o seu crime e a Israel o seu pecado" (3,8).

Os capítulos 1-3 do livro de Miqueias foram escritos no fim do sec. VIII a.C. Período no qual a Palestina era dominada pelo império assírio. O texto apresenta a dura realidade do povo, esmagado pelos tributos entregues ao império e aos dirigentes de Judá. Além do mais, no dia a dia o povo era explorado pelos fazendeiros, militares e governantes de Jerusalém.

A vida da população camponesa estava ameaçada: perda da família, casa e terra. É a real ameaça da desintegração e perda da sua identidade familiar-comunitária. A vida de muitos povos hoje também é ameaçada. Que nós e nossas comunidades estejamos dispostos a renovar nossa aliança com o Deus da vida e junto com o povo caminharmos rumo a um novo êxodo. Que possamos realizar o apelo profético: "praticar o direito, amar a misericórdia, caminhar humildemente com o seu Deus" (Mq 6,8b).


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A importância da comunicação para a Igreja

Quando falamos em comunicação supõe-se sempre uma mensagem, um emissor e um receptor. É um processo de transmissão de mensagens, conteúdos e informações a outra(as) pessoa(as). Hoje existem várias maneiras de transmissão dessa mensagem, sobretudo na nossa paróquia a utilização além do púlpito, também do telão, do jornal e da internet (o site e a página do facebook).

Nossa mensagem é a Boa Nova, Boa Notícia (evangelion - grego), o Evangelho, ou seja a chegada do Reino de Deus presente em Nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja em sua missão evangelizadora tem que comunicar Jesus Cristo, Senhor da Vida, nosso Salvador. Portanto, a Igreja é a emissor dessa mensagem e os receptores são os homens e mulheres presentes em toda a face da terra.

"A principal imagem da Igreja é Cristo nos mistérios da encarnação, morte e ressurreição. Sendo assim, a Pastoral da Comunicação tem uma importância muito grande na vida de qualquer paróquia, pois tudo o que é feito e realizado em nossas comunidades tem como objetivo a evangelização"1

"Sabemos que não existe evangelização sem comunicação. Evangelizar implica necessariamente em comunicar. Até mesmo o testemunho de vida como ação evangelizadora é um pressuposto e também forma de comunicação. O ato de testemunhar é comunicar com a própria vivência a mensagem do Evangelho. As pessoas testemunham, porque outras entendem e captam a mensagem que elas transmitem através da sua forma de viver. E as mudanças rápidas das tecnologias de comunicação têm a ver com a vivência da fé cristã, quando pensamos, por exemplo, que estamos imersos numa cibercultura, a cultura virtual, que expressa o surgimento de um novo universal, sem totalidade. Um universo de técnicas, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem e que exercem influência sobre a fé e a vivência da religiosidade."2

"Neste contexto, independentemente das tecnologias, a comunicação na Igreja deve ter como objetivo inserir-se no diálogo com os homens e as mulheres de hoje, para compreender as suas expectativas, dúvidas, esperanças".3

"Esta presença é necessária para levar ao encontro com Cristo. A Igreja é capaz disto?, questionou o Papa. "Também aqui no contexto da comunicação, é preciso uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. Temos um precioso tesouro para transmitir, um tesouro que gera luz e esperança. E há tanta necessidade disso!", afirmou, alertando para uma cuidadosa e qualificada formação de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos".4

"Queridos amigos, é importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro de Cristo, na certeza, porém, de que somos meios e que o problema fundamental não é a aquisição de tecnologias sofisticadas, embora necessárias para uma presença atual e válida. Esteja sempre bem claro em nós que o Deus em quem acreditamos, um Deus apaixonado pelo homem, quer manifestar-Se através dos nossos meios, ainda que pobres, porque é Ele que opera, é Ele que transforma, é Ele que salva a vida do homem", ressaltou o Santo Padre."5

Neste sentido fica claro para todos nós a importância da comunicação na vida da Igreja e portanto, também da nossa paróquia. Queremos com a ajuda dos fiéis chegar cada vez mais longe com o anúncio do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus nos confirme neste bom propósito.

1. Dom Orani João Tempesta, A importância da Comunicação na vida da Igreja.
2. Idem
3. Papa Francisco, A importância da Comunicação para a Igreja.
4. Idem
5. Idem

Em março deste ano foi realizada na paróquia uma pesquisa para selecionar os conteúdos que o paroquiano mais queria ver no nosso novo site. A equipe de desenvolvimento da Pascom - Pastoral da Comunicação - vem trabalhando desde então para oferecer estes conteúdos ao nosso público. Abaixo apresentamos um gráfico que resume os resultados dessa pesquisa. Esperamos cada vez mais nos aproximarmos destes objetivos e fazer do site cada vez mais uma ferramenta em prol da comunidade.


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